segunda-feira, dezembro 25, 2006

01-06-2005

tudo é perfeito porque tudo morre
os monstros não restam nos arrozais
as tarântulas largam a negra penugem
as lebres finam-se nos milharais

tudo é perfeito até ao fim
as mãos lembram-se e abrem as palmas
pra receber a luz que de dentro sai
e num volteio lhes leva as almas

sorriem as rosas no êxtase cerúleo
coram os cravos lá nos jardins
louvam o destino as cotovias
nas suas rotas de ácidos carmins

m.f.s.

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